Super Bowl, mais do que apenas um evento esportivo

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Já são muitos os que ficam acordados até tarde para curtir um evento sem ter muita noção de um esporte com pouca profundidade em nosso país. É preciso lembrar que esta última edição (a mais cara da história) concentrou mais de 100 milhões no mundo atrás da televisão.

Apesar de jogo épico jogado pelo New England Patriots e pelo Atlanta Falcons (Segundo a mídia especializada, um dos maiores feitos esportivos já vistos), será lembrado pela atuação sublime de Lady Gaga (cercada por 300 drones) ou pela estreia do trailer da segunda temporada do aclamado Stranger Things ( Netflix). A propósito, os Patriots voltaram e venceram (Tom Brady, quarterback, foi proclamado MVP).

Intervalo, mais do que apenas uma apresentação musical
Se o evento do Super Bowl tem se caracterizado por algo nos últimos anos, é por seus tão esperados e coloridos intervalos (intervalo), onde um ou mais artistas renomados entretêm as massas com apresentações em formato de concerto. Formato de concerto, sim, já que há muito deixaram de ser apresentações musicais com limitações de tempo.
E quem iniciou a transição de um simples jogo de futebol (americano) para um espetáculo de massa seguido por milhões de telespectadores em todo o mundo através da música? Michael Jackson.

Já em 1993 (Pasadena, Califórnia), após a atuação de Gloria Stefan no ano anterior, o chamado rei do pop pediu aos organizadores do evento um pouco mais de tempo para poder desenvolver o que muitos consideram ser o melhor show da história do Super Bowl (Super Bowl XXVII).

No auge de seu sucesso ‘Dangerous’, Jackson mudou para sempre o conceito de entretenimento em um evento esportivo, conseguindo pela primeira vez que o público alcançado no ‘haftime’ excedeu em muito o público acumulado no desenvolvimento do evento esportivo.

Quase 25 anos depois, Lady Gaga na 51ª edição, encantou as massas com um show repleto de luzes, cores, alturas e drones (show patrocinado pela Pepsi). Uma performance compacta e com um início espetacular, onde a cantora nova-iorquina saltou no vazio com um fundo repleto de drones que ilustravam sutilmente estrelas coloridas e, claro, a bandeira americana. Os drones (num total de 300) e a tecnologia utilizada são obra da Intel.

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E, claro, hoje em dia qualquer evento de tal alcance midiático está exposto a uma torrente de memes subsequentes. O salto das alturas com um fundo cheio de drones não ia ser menos

Prazer máximo sem sair de casa
Como costuma acontecer nesse tipo de evento esportivo, poucos podem ir ao recinto esportivo para assistir a um show de tamanha magnitude ao vivo. Muito poucos pelo número de ingressos e muito poucos pelo custo deles. Vale lembrar que os ingressos para assistir ao jogo foram listados como os mais caros da história, pagando até US $ 1.400 para ver a vitória dos Patriots.

A cada dia e mais profundamente na realidade virtual, foi a rede norte-americana Fox Sport (em conjunto com a produtora Live Like VR) que ofereceu a seus telespectadores a possibilidade de acompanhar o encontro por meio dessa tecnologia. O objetivo é claro, poder usufruir de casa uma intensidade semelhante à vivida no estádio.

Os espectadores puderam desfrutar de 20 destaques (quatro momentos para cada trimestre). A LiveLike localizou seis câmeras que capturaram fases do jogo em resolução 4K distribuídas por todo o NRG Stadium em Houston. Nas palavras do CEO da produtora (Andre Lorenceau), ele deixou claro onde focar: "Os touchdowns e as jogadas épicas são o que vamos procurar."

Intervalo, mais do que um trailer
Outra das marcas do Super Bowl são, sem dúvida, os anúncios que são veiculados exclusivamente durante o evento. Este ano, o jogo dos anunciantes foi claramente vencido pela Netflix. Que melhor plataforma para apresentar o trailer da tão aguardada segunda temporada de Stranger Things. A Netflix queria calcular com maestria o relançamento de um de seus produtos mais aclamados. Fase "teaser" do Super Bowl, com estreia completa no Halloween. Xeque-Mate.

Embora sem o impacto avassalador da fábrica da Netflix, durante o Super Bowl mostram trailers exclusivos da segunda parcela da saga 'Guardiões da Galáxia', Logan (saga X-Men), Piratas do Caribe ou Baywatch. Se nos concentrarmos no mundo da tecnologia e dos gadgets, um dos anúncios mais comentados do setor foi o lançado pela Ford para explicar como a tecnologia 'Go Further' nos ajuda a resolver situações do dia a dia.

Intervalo, mais do que apenas um anúncio
Deixando de lado avanços cinematográficos ou relançamentos de séries, a única coisa clara é que o O Super Bowl influenciou diretamente a evolução da linguagem publicitária nos últimos anos. Percebe-se como os anúncios (cada vez mais longos) transformaram a mensagem, passando de elementos diretos a tramas complexas e elaboradas onde o espectador deve prestar a máxima atenção se quiser entender a mensagem.

E dado o barulho gerado em torno desse tipo de publicidade, spots criados ad hoc para eventos como o Super Bowl, o debate está mais vivo do que nunca. Publicidade de direitos autorais, isso realmente funciona?

Embora possa parecer o contrário, de acordo com um estudo realizado em conjunto pelas universidades de Maryland (EUA) e Tilburg (Holanda), mostra que se os anúncios são muito complexos e com uma mensagem difusa, eles não são processados ​​pelos impactados do utilizador. Ao contrário, há correntes que afirmam que a melhor forma de antecipar as tendências publicitárias e testar a eficiência de uma campanha é atentar para os anúncios exibidos durante o intervalo do Super Bowl, pois seu sucesso ou fracasso variam. linha editorial de campanhas futuras.

Nesta edição, quem mais arriscou foi, sem dúvida, a marca de cerveja Budweiser, apostando num spot com uma mensagem clara sobre as novas políticas de imigração do país.

Funcionando ou não, as marcas deixaram em média 5 milhões de dólares por 30 segundos para se posicionarem na grande vitrine.

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